terça-feira, 26 de junho de 2018

2 QUINHENTISMO-LITERATURA BRASILEIRA:POESIA

em terça-feira, 26 de junho de 2018



LITERATURA BRASILEIRA:POESIA - QUINHENTISMO


Quinhentismo


Quinhentismo representa a primeira manifestação literária no Brasil que também ficou conhecida como "literatura de informação".
É um período literário que reúne relatos de viagem com características informativas e descritivas. São textos que descrevem as terras descobertas pelos portugueses no século XVI, desde a fauna, a flora e o povo.
Vale lembrar que o Quinhentismo brasileiro ocorreu paralelo ao Classicismo português e o nome do período refere-se a data de início: 1500.
Quinhentismo no Brasil
Com a chegada dos portugueses em território brasileiro em 1500, as terras encontradas foram relatadas pelos escrivães que acompanhavam os navios.
Assim, a literatura de informação foi produzida pelos viajantes no início do século XVI, no período do Descobrimento do Brasil e das Grandes navegações.
Além disso, os jesuítas, responsáveis por catequizarem os índios, criaram uma nova categoria de textos que fizeram parte do quinhentismo: a "literatura de catequese".
Os principais cronistas desse período são: Pero Vaz de Caminha, Pero Magalhães Gândavo, Padre manuel da Nóbrega e Padre José de Anchieta.
Características do Quinhentismo
  • Crônicas de viagens
  • Textos descritivos e informativos
  • Conquista material e espiritual
  • Linguagem simples
  • Utilização de adjetivos
Autores e obras do Quinhentismo
Muitos viajantes e jesuítas contribuíram com seus relatos para informar aos que estavam do outro lado do Atlântico suas impressões acerca da nova terra encontrada.
Por isso, muitos dos textos que compõem a literatura quinhentista, possuem forte pessoalidade, ou seja, as impressões de cada autor. A obra desse período que mais se destaca é a "Carta de Pero Vaz de Caminha" ao Rei de Portugal.
Pero Vaz de Caminha (1450-1500)
Escrivão-mor da esquadra liderada por Pedro Álvares Cabral (1468-1520), Pero Vaz de Caminha, escritor e vereador português, registrou suas primeiras impressões acerca das terras brasileiras. Fez isso por meio da "Carta de Achamento do Brasil" datada de 1.º de maio de 1500.
Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita para o Rei de Portugal, D. Manuel, é considerada o marco inicial da Literatura Brasileira, visto ser o primeiro documento escrito sobre a história do Brasil.
Seu conteúdo aborda os primeiros contatos dos lusitanos com os indígenas brasileiros, bem como as informações e impressões sobre a descoberta das novas terras.
José de Anchieta (1534-1597)
José de Anchieta foi historiador, gramático, poeta, teatrólogo e um padre jesuíta espanhol. No Brasil, ele teve a função de catequizar os índios sendo um defensor desse povo contra os abusos dos colonizadores portugueses.
Dessa maneira, ele aprendeu a língua tupi e desenvolveu a primeira gramática da língua indígena, chamada de "Língua Geral".
Suas principais obras são "Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil" (1595) e "Poema à virgem".
A obra do Padre José de Anchieta só foi totalmente publicada no Brasil na segunda metade do século XX.
Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580)
Pero de Magalhães foi gramático, professor, historiador e cronista português. Ficou conhecido pelos relatos que fez sobre a fauna, a flora e a dimensão das terras brasileiras em seu livro "História da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos de Brasil".
Além dos animais distintos e das plantas exóticas, ele descreve sobre os povos indígenas e a descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Outra obra que merece destaque é "O Tratado da Terra do Brasil" (1576).
Manuel da Nóbrega (1517-1570)
Padre Manuel da Nóbrega foi um jesuíta português e chefe da primeira missão jesuítica à América: Armada de Tomé de Sousa (1549). Participou da primeira missa realizada no Brasil e da fundação das cidades de Salvador e Rio de Janeiro.
Seu trabalho no Brasil foi de catequizar os índios e suas obras que merecem destaque são:
  • "Informação da Terra do Brasil" (1549);
  • "Diálogo sobre a conversão do gentio" (1557);
  • "Tratado contra a Antropofagia" (1559).














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