segunda-feira, 28 de maio de 2018

14 Realismo: Resumo e características da escola literária-LITERATURA BRASILEIRA: PROSA/POESIA

em segunda-feira, 28 de maio de 2018

Realismo: Resumo e características da escola literária

Na primeira metade do século XIX, aconteceu o Romantismo na literatura. Até que surge o Realismo, um movimento Antiromântico. Chega de amorzinho e idealizações! Essa escola literária contava tudo que acontecia na época do jeito que as coisas realmente eram! Eles eram muito mais objetivos na escrita e a temática dos textos era mais universal (falava da sociedade e dos seus probleminhas – que não são poucos – em vez de falar das dores pessoais do autor, como era feito no romantismo).
Importante ressaltar que o Realismo começou na França, com a publicação de Madame Bovary. Em Portugal, um dos representantes desse movimento literário foi o Éça de Queirós, com “O crime do padre Amaro”. No Brasil, temos o Machado de Assis, que vamos falar mais adiante.

Principais características do Realismo

descritiva: a literatura descrevia o que acontecia na sociedade.
objetiva: falava o que realmente se passava, com objetividade.
universal: as obras não tratavam somente do “eu”, mas dos problemas de todos.
verossímil: os livros debatiam e discutiam o que estava acontecendo .
análise psicológica: personagens apresentados geralmente por terceira pessoa, por um narrador onisciente que sabe tudo que se passa com o personagem.
crítica política/crítica social: não apenas descrevia e mostrava o que se passava na sociedade da época, mas propunha uma reflexão sobre os temas.

Contexto histórico do Realismo

Muita coisa estava acontecendo daquela época! Fundamental entender todas as questões histórias para também entender a literatura no Realismo.
Alguns fatos importantes que marcaram o período:
Segunda Revolução Industrial.
Segundo reinado e D. Pedro II quase indo embora.
Abolição da Escravatura.
Imigrantes começando a vir para trabalhar no lugar dos escravos.

Quem foi Machado de Assis?

Um dos principais escritores brasileiros de todos os tempos foi da época do Realismo.
Machado de Assis teve uma mega importância para a época e, na real, até hoje ele é super importante. Você provavelmente já leu alguma coisa dele como os contos Uma Senhora, Uns Braços ou seus romances (Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro estão entre os mais famosos). O Machado, além de escrever uma porção de textos, fundou a Academia Brasileira de Letras.
Foi também nesses tempos que a profissão de escritor passou a ser considerada importante para explicar o que estava acontecendo na sociedade. Machado teve duas fases na sua carreira, e vamos falar delas agora.

Fase Preparatória

Foi a fase em que Machado estava saindo do movimento romântico. Algumas das obras do autor nessa época foram “Ressurreição”, em 1872, e “A mão e a Luva”, em 1874.

Fase Realista

A segunda fase de Machado já está toda dentro do Realismo e possui as características que citamos: descritiva, objetiva e com uma análise psicológica dos personagens. As obras mais famosos de Machado pertencem à essa fase: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, em 1881, e “Dom Casmurro”, em 1900.

16 Exercícios sobre Realismo-LITERATURA BRASILEIRA:POESIA/POESIA

Abaixo você encontrará alguns exercícios sobre Realismo já com gabarito para você poder conferir as respostas.
01. O realismo foi um movimento de:
a) volta ao passado;
b) exacerbação ultra-romântica;
c) maior preocupação com a objetividade;
d) irracionalismo;
e) moralismo.

 Gabarito

01. C
02. A respeito de Realismo, pode-se afirmar:
I   – Busca o perene humano no drama da existência .
II  – Defende a documentação de fatos e a impessoalidade do autor perante a obra.
III – Estética literária restritamente brasileira; seu criador é Machado de Assis.
a) São corretas apenas II e III.
b) Apenas III é correta.
c) As três afirmações são corretas.
d) São corretas I e II.
e) As três informações são incorretas.

 Gabarito

02. D
03. Considerando-se iniciado o movimento realista no Brasil quando:
a) Aluísio de Azevedo publica O Homem.
b) José de Alencar publica Lucíola.
c) Machado de Assis publica Memória Póstumas de Brás Cubas.
d) As alternativas a e c são válidas.
e) As alternativas a e b são válidas.

 Gabarito


03. C
04. O realismo, como escola literária, é caracterizado:
a) pelo exagero da imaginação;
b) pelo culto da forma;
c) pela preocupação com o fundo;
d) pelo subjetivismo;
e) pelo objetivismo.

 Gabarito


04. E

05. Podemos verificar que o Realismo revela:
I   – senso do contemporâneo. Encara o presente do mesmo modo que romantismo se volta para o
passado ou para o futuro.
II  – o retrato da vida pelo método da documentação, em que a seleção e a síntese operam buscando um sentido para o encadeamento dos fatos.
III – técnica minuciosa, dando a impressão de lentidão, de marcha quieta e gradativa pelos meandros dos conflitos, dos êxitos e dos fracassos.
Assinale:
a) se as afirmativas II e III forem corretas;
b) se as três afirmativas forem corretas;
c) se apenas a afirmativa III for correta;
d) se as afirmativas I e II forem corretas;
e) se as três afirmativas forem incorretas.

 Gabarito


05. B
06. Das características abaixo, assinale a que não pertence ao Realismo:
a) Preocupação critica.
b) Visão materialista da realidade.
c) Ênfase nos problemas morais e sociais.
d) Valorização da Igreja.
e) Determinismo na atuação das personagens.

 Gabarito


06. D
07. Assinale a única alternativa incorreta:
a) O Realismo não tem nenhuma ligação com o Romantismo.
b) A atenção ao detalhe é característica do Realismo.
c) Pode-se dizer que alguns autores românticos já possuem certas características realistas.
d) O cientificismo do século XIX forneceu a base da visão do mundo adotada, de um modo geral, pelo Naturalismo.
e) O Realismo apresenta análise social.

 Gabarito

07. A
08. No texto a seguir, Machado de Assis faz uma crítica ao Romantismo: Certo não lhe falta imaginação; mas esta tem suas regras, o astro, leis, e se há casos em que eles rompem as leis e as regras é porque as fazem novas, é porque se chama Shakespeare, Dante, Goethe, Camões.
Com base nesse texto, notamos que o autor:
a) Preocupa-se com princípios estéticos e acredita que a criação literária deve decorrer de uma elaborada produção dos autores.
b) Refuga o Romantismo, na medida em que os autores desse período reivindicaram uma estética oposta à clássica.
c) Entende a arte como um conjunto de princípios estéticos consagrados, que não pode ser manipulado por movimentos literários específicos.
d) Defende a idéia de que cada movimento literário deve ter um programa estético rígido e inviolável.
e) Entende que Naturalismo e o Parnasianismo constituem soluções ideal para pôr termo à falta de invenção dos românticos.

 Gabarito


08. A
09. Examine as frases abaixo
I   – Os representantes do Naturalismo faze aparecer na sua obra dimensões metafísica do homem, passando a encará-lo como um complexo social examinando à luz da psicologia.
II –  No Naturalismo, as tentativas de submeter o Homem a leis determinadas são conseqüências das
ciências, na segunda metade do século XIX.
III – Na seleção de “casos” a serem enfocados, os naturalistas demonstram especial aversão pelo anormal e pelo patológico.
Pode-se dizer corretamente que:
a) só a I está certa;
b) só a II está certa;
c) só a III está certa;
d) existem duas certas;
e) nenhuma está certa.

 Gabarito


09. B
10. Das citações apresentadas abaixo, qual não apresenta, evidentemente, um enfoque naturalista?
a) Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente.
b) … as peixeiras, quase todas negras, muito gordas, o tabuleiro na cabeça, rebolando os grossos quadris trêmulos e as tetas opulentas.
c) Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos.
d) … batiam-lhe com a biqueira do chapéu nos ombros e nas coxas, experimentando-lhes o vigor da musculatura, como se estivesse a comprar cavalos.
e) À porta dos leilões aglomeravam-se os que queriam comprar e os simples curiosos.

 Gabarito


10. E
11. O mesmo da questão anterior:
a) Viam-se deslizar pela praça os imponentes e monstruosos abdomes dos capitalistas.
b) … viam-se cabeças  escarlates e descabeladas, gotejando suor por debaixo do chapéu de pêlo.
c) O quitandeiro, assentado sobre o balcão, cochilava a sua preguiça morrinhenta, acariciando o seu imenso e espalmado pé descalço.
d) A Praia Grande, a Rua da Estrela contrastavam todavia com o resto da cidade, porque era aquela hora justamente a de maior movimento comercial.
e) … uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, chio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas…

 Gabarito


11. D

FONTE:Link do Site!


Perguntas destacadas já cairam em provas de prosa da UNIP.

O Caso da Vara -Machado de Assis-LITERATURA BRASILEIRA:PROSA

O Caso da Vara


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Machado de Assis, o autor de o Caso da Vara
O Caso da Vara é um dos contos mais famosos de Machado de Assis, publicado inicialmente na Gazeta de Notícias, no ano de 1891, e republicado no livro Páginas Recolhidas. O conto, fala sobre a história de Damião, um fugitivo do seminário, que tem uma difícil escolha a fazer.

A história[editar | editar código-fonte]

Gtk-paste.svg Aviso: Este artigo ou se(c)ção contém revelações sobre o enredo.
Machado de Assis, conta brevemente a história de um seminarista fugitivo, que tem medo de voltar para casa, pois sabe que o pai o levará de volta ao seminário. Portanto, Damião foge e se esconde na casa de Sinhá Rita. A mulher promete ajudá-lo e por isso Damião permanece.
Porém, Sinhá Rita, tem uma escrava chamada Lucrécia, uma garota que é maltratada por ela.
Damião, vendo a situação, promete a si mesmo que iria apadrinhar Lucrécia. Mas chega um momento, em que Sinhá Rita vai castigar Lucrécia e pede a vara a Damião, que fica em dúvida entre ajudar Lucrécia ou entregar a vara e receber a ajuda de Sinhá Rita. Por fim, ele decide entregar a vara.

Damião e Lucrécia[editar | editar código-fonte]

No final do conto, Machado de Assis usa sua ironia para fazer uma crítica contra a escravidão da época, porém, essa crítica perpetua até hoje, e nos faz refletir, se todas as pessoas são cruéis e interesseiras como Damião - justamente como ocorre nos dias atuais, em que algumas pessoas perpetuam suas mentalidades racistas, sexistas e esperistas; sempre entregando a vara e matando Lucrécia.

Breve análise - imagem do negro na obra[editar | editar código-fonte]

Apesar de o autor não ter escrito, sabe-se, porém, que Lucrécia apanhou de Sinhá Rita e o contexto nos permite dizer que não foi pouco. A imagem que o negro tem nessa obra de Machado de Assis é de um negro frágil, dependente, submisso. O conto foi escrito após a abolição da escravidão, no entanto, alguns senhores da época ainda guardavam os pensamentos preconceituosos e racistas da época. Mas, além disso, existia a realidade social: os negros não tinham muitas escolhas naquele momento pós-abolição, pois eles ainda não teriam como conseguir levar uma vida digna fora das casas de seus senhores. Sendo assim, eles não tinham muitas escolhas, além de trabalhar, dever satisfações de suas tarefas diárias e apanhar, se fosse preciso. Lucrécia "era uma negrinha, magricela, um frangalho de nada, com uma cicatriz na testa e uma queimadura na mão esquerda. Contava onze anos.". Essa menina tossia, mas tossia para dentro porque não queria nem podia atrapalhar a conversa que estava acontecendo na sala, ou seja, mesmo a conversa tendo graça, ela não podia nem rir, nem tossir para não atrapalhar. Podia somente trabalhar e cumprir a obrigação diária. Um negro totalmente diferente do negro que podemos encontrar em outros contos e obras, como por exemplo, em "O Negro Bonifácio", de Simões Lopes Neto.

Fonte: Link do site!

17Machado de Assis-LITERATURA BRASILEIRA: PROSA/POESIA






Machado de Assis


 21 de Junho de 1839
 29 de Setembro de 1908 (69 anos)
Machado de Assis foi o principal nome do Realismo brasileiro, o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras e um dos escritores mais aclamados da literatura. O carioca nascido no Morro do Livramento atuou como jornalista, crítico, cronista, dramaturgo e poeta. 
Machado escreveu contos, crônicas, poemas e romances, deixando a sua contribuição para diferentes gêneros literários. No começo da carreira, apostou em textos mais conservadores, com influência romântica. Depois, foi o Realismo que ficou mais presente nas suas obras. O autor, inclusive, é lembrado como um dos escritores mais importantes do Realismo. 
Com sua extensa produção, conseguiu influenciar escritores como Olavo Bilac e Lima Barreto. Além de ganhar a admiração de outros tantos, em especial do amigo José de Alencar.

MOVIMENTO LITERÁRIO

A primeira fase do escritor é marcada por textos com características do Romantismo. Já a segunda, com o autor já mais amadurecido, é lembrada pela aproximação com o Realismo. O amadurecimento literário tem influência da esposa do escritor, uma mulher culta que apresentou várias obras importantes ao autor. 
Machado de Assis com 25 anos (Foto: Reprodução)Machado de Assis com 25 anos (Foto: Reprodução)
Estilo
As obras que fazem parte da Trilogia Realista – Dom CasmurroMemórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borbas – são marcadas pela ironia e pelo pessimismo. A primeira fase do autor, menos madura, é mais próxima do Romantismo e tem um estilo mais ingênuo. As obras conhecidas da época são: “Helena”, “A Mão e a Luva” e “Ressureição”. 
Machado de Assis não costuma seguir uma narrativa linear. É como se as histórias fossem contadas a medida que os personagens lembram dos fatos. Faz uso, portanto, da disgressão, isso é, desvia do tema central para trazer recordações e reflexões sobre o assunto. Além disso, o autor colocava o narrador para falar com o leitor, recurso notado em obras como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. 

BIOGRAFIA

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 1839 no Morro do Livramento, Rio de Janeiro. Mais tarde, foi morar no bairro São Cristóvão. Filho de Francisco José de Assis e D. Maria Leopoldina Machado, perdeu a mãe ainda novo, por isso a madastra, Maria Inês, foi uma das grandes responsáveis pela sua criação. Quando o pai morreu, a madastra passou a trabalhar como doceira e Machado, para ajudá-la, começou a vender doces.   
A publicação do primeiro trabalho na literatura data de 1854 e foi um soneto no “Periódico dos Pobres”. No ano seguinte, Machado conseguiu que o seu poema “Ela” fosse publicado na revista “Marmota Fluminense”. A revista chegou a contratar o escritor como revisor e colaborador três anos depois, em 1858. É no trabalho que conhece nomes importantes da literatura, como José de Alencar e Gonçalves Dias. 
Antes da função na revista, foi aprendiz de tipógrafo na “Imprensa Nacional” com apenas 17 anos. Foi onde conheceu Manuel Antônio de Almeida, autor do famoso “Memórias de um Sargento de Milícias”, que passou a tratá-lo como seu protegido. Trabalhou ainda no “Correio Mercantil”, no “Diário do Rio de Janeiro”, no “Jornal das Famílias”, no “Gazeta de Notícias” e nas revistas “O Espelho”, “A Semana Ilustrada”, “O Cruzeiro”, “A Estação” e “Revista Brasileira”, além de trabalhar no teatro. A primeira peça foi em homenagem a Camões e foi encenada em 1880.  
Machado de Assis foi um dos intelectuais que ajudou a fundar a Academia Brasileira de Letras em 1897, ideia de Lúcio Mendonça. O escritor fundou a cadeira nº 23 e colocou José de Alencar como patrono, uma homenagem ao amigo. A Academia Francesa serviu de inspiração para a criação da versão nacional.  
Na vida amorosa, apaixonou-se pela irmã do amigo Faustino Xavier de Novaes. Casou-se com Carolina Augusta em 1869, apesar da falta de apoio dos outros irmãos da noiva, que implicavam com o fato de Machado ser mulato. A mulher apresentou obras de autores portugueses ao marido. A sua cultura teve influência na obra do escritor, que escreveu grande parte das suas obras mais importantes, como a Trilogia Realista, depois de casado. 
O autor ganhou o apelido “Bruxo do Cosme Velho”, a localização é uma referência à casa onde morou na Rua Cosme Velho, nº 18, e o “bruxo” veio de uma ocasião na qual Machado queimava cartas em um caldeirão. A veracidade da história não é unanimidade entre os historiadores.
Em 1904, perde a esposa com quem esteve casado por 35 anos. Os amigos relatam um período de depressão do autor, apesar dele continuar participando de eventos literários e reuniões com os colegas. Na época, chegou a publicar obras com temática saudosista e um soneto em homenagem à mulher, “A Carolina”.

Fontes
Academia Brasileira de LetrasMec
Wikipedia
Link do site!
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